
A Escola de Capacitação de Servidores Itair Sá da Silva (ECAISS) da 8ª Região, em conjunto com o Comitê de Incentivo à Participação Feminina no Poder Judiciário e com o Comitê Gestor Local de Atenção Integral à Saúde, realizou, no último dia 26 de novembro, uma roda de conversa sobre assédio moral no ambiente de trabalho. O evento, que ocorreu de forma telepresencial, foi mediado pela psicóloga do TRT8, Úrsula Gomes, e pela Juíza do Trabalho e coordenadora do Comitê de Incentivo à Participação Feminina no Poder Judiciário, Léa Sarmento.
A roda foi parte integrante do Curso "Assédio Moral no Trabalho: vamos falar sobre isso?", compartilhado pela EJUD3 e promovido pela ECAISS, e que ainda está disponível no Campus Virtual do TRT8.
O evento teve a participação de diversos servidores e magistrados do TRT8, e tratou de situações cotidianas nas causas trabalhistas enviadas à Justiça do Trabalho ou ainda dentro do próprio Tribunal. Segundo a Juíza Léa, que abriu oficialmente a roda de conversa, “é muito importante não perdermos a capacidade de enfrentar este problema (assédio moral) de frente, e a roda de conversa possui um aspecto preventivo de orientar gestores, servidores e magistrados, para evitar que ele ocorra antes que a vítima e o próprio ambiente de trabalho tenham consequências negativas."
Além disso, a magistrada também sugeriu medidas para combater as situações de assédio, como o controle de provas e a atenção com testemunhas que possam ajudar em possíveis denúncias. Ela teceu relações entre o assédio e a violência doméstica, pois, segundo ela, “há uma relação que prende a vítima ao agressor, que é a de poder e dependência”.
A psicóloga e servidora do TRT8, Úrsula Gomes, lembrou que é preciso ter cautela ao falar sobre assédio, atualmente. De acordo com ela, “a roda de conversa é uma oportunidade de escutar os colegas sobre o que pensam do assunto, que ainda é embrionário”, comenta, devido à recente Resolução TRT8 067/2021, que dispõe sobre a criação de uma política de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral, do Assédio Sexual e da Discriminação no âmbito interno do Tribunal.
Um dos participantes da roda, o assessor chefe de comunicação do Tribunal, Edney Martins, lembrou do papel dos gestores no combate ao assédio: “é preciso criar uma nova geração de gestores, que respeitem e ouçam seus servidores, de uma maneira séria e responsável, para criar uma relação humanitária e respeitosa”, sugeriu Edney.
No chat da reunião, diversos participantes fizeram comentários relacionados ao assunto: a servidora Gisela Malena Alves frisou o perfil, algumas vezes enganoso, de alguns assediadores: “Em alguns casos o assediador não passa esse comportamento para seus superiores...ele é o cara legal/muito legal...simpático, sorridente, mas com o seu 'subordinado' ele é outra pessoa (sic)”.