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Como forma de garantir a prestação de um serviço público inclusivo e humanizado, o Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (PA/AP), por meio da Escola de Capacitação e Aperfeiçoamento Itair Sá da Silva (ECAISS), realizou durante os dias 15, 16 e 17 de maio, mais uma edição do Curso de Libras Básico ministradas pelas instrutoras Cássia Mendes e Aline dos Santos Silva. O curso foi realizado no auditório da Ecaiss durante os turnos da manhã e tarde.
Realizado de forma híbrida (presencial e telepresencial), a formação foi destinada para servidores do quadro funcional do TRT-8 em que há constante contato com o público, com a finalidade de realizar a preparação para o atendimento especializado a uma pessoa surda. Durante o curso foram utilizadas metodologias diversificadas e ativas, com foco na aprendizagem vivencial, adequadas ao conteúdo e experiências do aluno, intervenção prática etc.
Eunice Maia, técnica judiciária, conta que desejava participar de um curso de Libras pois vai ser fundamental para fomentar a inclusão em sua carreira profissional e, também, é um aprendizado que vai ser utilizado no seu cotidiano. “Essa formação é muito importante pois é uma inclusão. Sempre tive vontade de participar de um curso de Libras, justamente para fornecer um melhor atendimento e inclusivo para esse público. Também é um aprendizado que vou levar para minha vida e vou utilizar na minha igreja, pois lá há pessoas surdas e agora também vou poder atender, pretendo treinar, aprender e praticar com as pessoas”, enfatizou Eunice.
O curso cumpre o disposto na Resolução CSJT nº 218/2018, que orienta que os Tribunais Regionais do Trabalho promovam formação, capacitação e qualificação de servidores e terceirizados para prestar atendimento a pessoas surdas ou com deficiência auditiva em Linguagem Brasileira de Sinais, inclusive nas Varas do Trabalho.
Claudilena Puget, chefe da Seção de Capacitação de Servidores, ressalta que além da formação dos servidores, o curso traz a possibilidade que a comunidade surda possa procurar seus direitos na Justiça do Trabalho. “Quando a gente faz esse curso aqui, a comunidade surda fica ciente que o tribunal está acessível para receber uma pessoa surda. Sendo assim, é uma forma de abrir as portas do tribunal para que esse público se sinta à vontade para procurar a Justiça do Trabalho. Escolhemos pessoas que estão em constante contato com o público para participar deste curso (recepcionistas, seguranças, atendentes de reclamações e etc.), justamente para que esse primeiro atendimento seja realizado de forma plena”, pontuou.
Para ministrar a capacitação, o TRT-8 convidou duas professoras de Libras para acompanhar os alunos durante todo o período de ensino. Cássia Mendes é ouvinte, graduada em Letras - Libras e em Pedagogia. É especialista em Atendimento Educacional Especializado (AEE) e tem vasta experiência como instrutora, tendo atuado em outros órgãos públicos como Universidade Federal do Pará, Universidade do Estado do Pará, Escola do Governo do Estado do Pará, Tribunal de Justiça do Pará e Casa da Linguagem. Já a segunda instrutora foi Aline dos Santos Silva, surda, também graduada em Letras - Libras e pós-graduada em Tradução e Intérprete em Libras.
"É através da Libras que a gente dá uma comunicação ao surdo, em que ele vai se fazer ouvido e entendido. Me sinto muito feliz a cada ano que venho ao Tribunal, e trago um parceiro e saber como eles amam aprender essa língua”, contou a instrutora Adelma de Cássia.
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