O Tribunal Regional do Trabalho da Oitava Região (PA/AP), realizou a 7ª Semana de Formação de Mediadores e Conciliadores, destinada a magistrados (as) e servidores (as) que atuam no Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) de Belém. Os painéis foram realizados nos dias 15,16, 17 e 18 de janeiro, de modo telepresencial. E no dia 19 para finalizar a semana de mediação, houve um bate-papo com o coordenador do CEJUSC Belém, Avertano Klautau.
Durante o primeiro dia da oficina, foi apresentado o painel "Comunicação não violenta no ambiente virtual", que teve o objetivo de promover uma técnica baseada em competências de linguagem e comunicação que auxiliam na reformulação da forma como cada um se expressa e ouve os demais no ambiente virtual. Além disso, o método pode ser aplicado em relacionamentos pessoais, familiares, organizacionais, educacionais, em negociações, disputas e conflitos de qualquer natureza. Por isso, é crucial promover o tema aos servidores (as) do Cejusc.
O Juiz do Trabalho Avertano Klautau, coordenador do Cejusc Belém, comentou sobre o tema "comunicação não violeta", presente na programação. "A comunicação não violenta é um requisito que integra a capacitação de mediadores do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania(Cejusc), a ideia é trabalhar a comunicação em sala de audiência para que a política seja devidamente aplicada com todos os requisitos que ela traz nos dispositivos.", finaliza.
Outro painel apresentado teve o tema “Como superar o 'não' inicial em sala de mediação?” ,ministrado pelo Juiz Fernando Hoffmann do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (TRT-9), que aborda um dos momentos mais decisivos nas audiências de mediação e conciliação da Justiça do Trabalho, que é justamente o do engajamento ou não das partes e dos advogados nas tratativas de acordo.
A mediação é um processo de facilitação da comunicação e de assistência à negociação, por isso, os mediadores devem dominar diversas técnicas e habilidades para superar os desafios iniciais causados pelo "não" de uma ou de ambas as partes. Por vezes, essa resistência vem do desconhecimento do que é possível se fazer e discutir em uma audiência. Saber lidar com o "não" inicial é fundamental para que servidores (as) e magistrados (as) possam investigar as razões da resistência, identificar emoções e interesses por trás da posição intransigente, criar e desenvolver opções para o início da troca de propostas e auxiliar as partes a entenderem mais sobre o processo, o conflito de fundo, o outro lado e si mesmas.
Para o Juiz do trabalho Fernando Hoffmann (TRT-9) que ministrou o painel é fundamental promover novos conhecimentos aos servidores e servidoras que atuam na mediação de conflitos do tribunal.
“A palestra pode contribuir como um mapa de navegação, uma espécie de passo-a-passo a ser lembrado ou consultado nos momentos iniciais de resistência à negociação assistida. Vemos no dia-a-dia, e nos relatórios de juízes e servidores em ações formativas de mediação, como são frequentes os casos de acordo obtido mesmo após um ou ambos os lados terem manifestado inicialmente que não tinham propostas. A abordagem da palestra teve como foco as qualidades identificadas em bons mediadores. Empatia, rapport, confiança, segurança, persistência e outras qualidades que são fundamentais para engajar partes e advogados e superar o 'não' “, destacou.
Para encerrar a 7ª Semana de Formação de Mediadores e Conciliadores, o coordenador do Cejusc Belém, Juiz do Trabalho Avertano Klauatau realizou um bate-papo sobre os temas: A Política Judiciária de Tratamento Adequado de Disputas na Justiça do Trabalho- PTAD, Procedimentos da Vara do Trabalho e do CEJUSC na PTAD e Triagem de processos conforme a PTAD. A oficina foi realizada de modo telepresencial via Google Meet.
#ParaTodosVerem: Fotografia em ambiente fechado, composta por três pessoas sentadas, sendo dois homens e uma mulher. Em segundo plano, uma televisão que projeta uma chamada de vídeo.