TRT8 se despede dos antigos aprendizes e recebe os novos

— Foto: ASCOM8

 

Em cerimônia na tarde da quarta-feira (16), a primeira turma de jovens aprendizes do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região se despediu após dois anos de atuação, e os 10 novos aprendizes que passarão a integrar a equipe do tribunal foram recepcionados.

Durante a abertura da cerimônia, o Presidente do TRT8, Desembargador do Trabalho Francisco Sérgio Silva Rocha deu boas vindas aos novos aprendizes e agradeceu aos que estão saindo. “Para nós, foi um contentamento muito grande que vocês estivessem aqui. Recebam este momento de passagem pelo Tribunal como uma espécie de convite futuro. Retornem para o Tribunal, venham na condição de futuros servidores, juízes, advogados. Sejam sempre muito bem-vindos”, afirmou.

Após a abertura, foi o momento dos gestores que receberam os jovens aprendizes compartilhar com os presentes a experiência. Para a Diretora da Secretaria Administrativa (SEADM), Regina Uchôa, foi um grande aprendizado e uma experiência única receber pessoas tão jovens e destacou a importância para a formação deles. O Diretor da Secretaria de Tecnologia da Informação (SETIN), Marco Aurélio Rego, ressaltou que os jovens aprendizes foram gratas surpresas. “No início, houve um questionamento na Setin, pelo fato de ser um setor técnico, sobre que nível de auxílio poderíamos dar para eles, o que eles poderiam contribuir para nos ajudar, e realmente foi com surpresa que os recebemos e, maior ainda, o retorno que eles puderam dar. Isso para nós é emocionante e gratificante. Manoel Nascimento e Leonardo Gouveia, muito obrigado!”, finalizou.

Representando os dez jovens aprendizes que saem do Tribunal após dois anos, Leonardo Gouveia agradeceu, relembrou o caminho percorrido até este momento e deixou uma mensagem de boas vindas aos novos aprendizes. “Para os meus colegas e amigos aprendizes, os que estão saindo e começando uma nova jornada e para os novos, que começarão a se capacitar através do que aprenderão aqui, deixo a seguinte mensagem: Afirmo a capacidade que temos de nos envolver e desenvolver ideias magníficas. Não cedam a maldizeres que cometerem contra vocês. Não desistam por medo de errar. Não façam algo que os comprometam. Não se deem por vencidos antes de lutar. Não enfraqueçam sem, ao menos, perceberem o quão são fortes. Agradeço a todas as pessoas que me apoiaram, sejam elas das varas do trabalho de Belém, de gabinetes e diretoria, que acreditaram em mim e que sempre me ajudaram, com estímulo e apoio em todas as áreas”, discursou emocionado. Leonardo ingressou como aprendiz no Tribunal com 14 anos.

Após seu discurso, foi realizada a entrega dos certificados do CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola), que faz a intermediação da contratação de jovens aprendizes ao Tribunal. A entrega foi realizada pelo Supervisor da instituição no Pará, Giuliano Pinto. Segundo ele, atualmente no Pará há cerca de 1.800 jovens aprendizes atuando em diversos segmentos, em mais de 130 instituições parceiras do Programa Aprendiz Legal. Os aprendizes receberam também os certificados da Escola de Capacitação Itair Sá da Silva (ECAISS), das mãos dos gestores com que trabalharam no período. Para o jovem Josué Silva, que cursa o 2º ano do ensino médio, ter atuado na Coordenadoria de Material e Logística (COMAT) lhe trouxe ótimas experiências, “a primeira delas foi a responsabilidade que a gente adquire tão cedo, além disso, aprendi a trabalhar bastante com computador, produzindo também muitos textos, aprendi também sobre o relacionamento pessoal, e, pelo fato de ser um órgão judiciário, aprendi muito sobre leis na área administrativa”. Sobre seus planos para o futuro, pretende cursar Direito e retornar ao Tribunal por meio de concurso público.

Durante a cerimônia, foi realizada a apresentação da Campanha Cartão Vermelho ao Trabalho Infantil, que vem sendo desenvolvida em âmbito regional pelo TRT8 e que tem como um dos focos de atuação, o incentivo à lei de aprendizagem. A Juíza do Trabalho Titular da 2ª VT de Belém, Vanilza Malcher, integrante da Comissão de Combate ao Trabalho Infantil, juntamente com a Juíza do Trabalho Titular da 5ª VT de Belém, Maria Zuíla Dutra, fez a apresentação da campanha aos jovens e distribuiu os panfletos e camisas com a logomarca da campanha. Durante sua fala aos presentes, destacou que o incentivo à lei da aprendizagem também é um dos focos principais da campanha e conclamou a todos para se engajar nesse movimento que, em março de 2015, tomará as ruas de Belém em uma grande marcha. “Dizemos não ao trabalho infantil e sim ao trabalho do aprendiz legal. Que a gente não permita a exploração de nossas crianças e jovens, esta não é uma luta minha e sim de todos nós!”. Após sua fala, todos levantaram Cartão Vermelho ao Trabalho Infantil, que é símbolo da campanha.

Esteve presente na cerimônia o Desembargador do Trabalho José Maria Quadros de Alencar, que presidia o Tribunal à época do início do Programa Aprendiz Legal na instituição, e foi seu grande incentivador. Realizando o encerramento da cerimônia, relembrou aos aprendizes o período em que atuou no Banco do Brasil, onde o atual vice-presidente ingressou como jovem aprendiz, e afirmou: “minha expectativa é que se tornem, além do que já são, seres humanos dignos, e pessoas aptas, estagiários, servidores e um dia cheguem a presidência deste Tribunal”.

Representando os gestores que em 2015 irão receber os novos jovens aprendizes, o Assessor de Comunicação do Tribunal, Edney Martins, destacou que isto “ganhamos porque poderemos conhecer um universo novo, uma série de possibilidades e ter um pouco mais de jovialidade. Não entrem achando que vocês são menos, achando que receberam uma ajuda. Entrem sabendo que estão aqui pelo potencial de vocês, sabendo que, dentro de cada um, tem um universo único. Cheguem como se esta também fosse a casa de vocês”.

Entre os novos aprendizes, que iniciarão suas atividades em janeiro de 2015, a jovem Yara Lorena Santa Rosa Cardoso, que cursa o 1º ano do ensino médio, tem grandes expectativas desta experiência. “Minha expectativa é crescer aqui dentro, poder aprender e, futuramente, colocar tudo que aprendi no currículo, e acho que vai ser muito bom. Futuramente pretendo ser advogada e aprenderei com desembargadores, juízes e poderei colocar tudo que aprendi na minha carreira”, afirmou. Para Sandreia Pinheiro, mãe da jovem aprendiz Bianca Laís, este é um momento de felicidade e, “a partir de agora, quero que ela pense no seu futuro e vença na vida. Vai ser ótimo para ela as experiências que vai adquirir aqui”.