Alinhado ao futuro da Justiça do Trabalho e ao perfil dos servidores a partir do PJe, a organização da III Semana Institucional separou dois dias para que os assistentes de juiz realizassem um curso sobre “Elaboração e estruturação de sentença”, com a juíza do trabalho titular da 7ª VT de Belém, Maria de Nazaré Medeiros Rocha.
Segundo a magistrada, o papel do assistente, como de todo servidor, mudou muito com o PJe, porque acabou o que se chamava de “tempo morto” do processo, ou seja, o PJe deu uma dinâmica muito maior ao processo e isso fez com que o número de demandas crescesse, dessa forma, o assistente é o primeiro colaborador desse juiz, que vai ajudá-lo a estruturar seu pensamento.
"O juiz precisa desse apoio, de alguém que pesquise uma jurisprudência, que entenda o Direito; dando subsídios doutrinários, jurisprudenciais. E é por isso que os assistentes de juízes hoje precisam entender a forma de estruturar esse pensamento, e foi esse o curso que nós demos, uma forma de estruturação do pensamento jurisdicional que se manifesta através da sentença. Eu achei muito produtivo e achei que eles também gostaram, porque essa estruturação do pensamento é algo que exige técnica, não só conhecimento, e eu vi que eles estavam ávidos por entender essa técnica", explicou a juíza Nazaré Rocha.
Para a assistente de juiz da 10ª VT de Belém, Maria Aparecida Souza, o curso permitiu aos servidores um excelente suporte técnico “facilita bastante nosso trabalho. Hoje, a perspectiva do assistente é diferente da de alguns anos atrás, quando o assistente confirmava despacho na intranet, fazia minutas de SISBACEN, no máximo preparava uma minuta de incidente processual. Hoje, com a logística do PJe, a cobrança é muito maior. O que se espera do assistente não é mais uma minuta de despacho, e sim uma minuta de sentença, que é a decisão principal da Justiça do Trabalho no 1º grau. Excelente a iniciativa do Tribunal, que contempla as nossas necessidades. E, no dia a dia, é quase impossível a gente treinar um colega que assumiu a função de assistente há pouco tempo e para o próprio juiz se dispor a preparar o servidor novato, uma vez que a demanda de trabalho o tempo todo é muito intensa.”