O Tribunal Regional do Trabalho, na Paraíba, está prestes a fechar as portas por causa do corte de 30% do orçamento referente a custeio, além de 92% relacionado a investimentos. Isto fez com que o desembargador-presidente Ubiratan Delgado tirasse o “pé” do freio da construção do prédio do Fórum Trabalhista, em João Pessoa. “A situação é crítica e nós estamos tentando nos adequar, contendo despesas e fazendo cortes onde é possível”, disse durante passagem nesta segunda-feira (15) no estúdio do programa Rede Verdade, da TV Arapuan.
Dentre as medidas adotadas, o TRT reduziu o horário de funcionamento. Porém, não houve prejuízos a prestação do serviço jurisdicional, conforme atentou o desembargador Ubiratan Delgado. “De forma alguma houve prejuízo, até porque o atendimento permanecerá no mesmo ritmo”, assegurou. Também foram encerrados os contratos de estagiários, “que trouxe uma economia de R$ 790 mil”, observou.
Ao classificar de uma “crise inédita”, ele reconhece que é necessário o sacrifício de todos neste momento. “Nós impactou muito, talvez mais do que outros poderes da justiça, até porque havia um acordo, mas a trabalhista acabou sendo a mais afetada”. A queda da arrecadação da Justiça Trabalhista ocorreu por causa do relator do orçamento no Congresso Nacional, que impôs um impacto maior aos TRTs estaduais.
A verba de custeio vem caindo nos últimos anos, bastando lembrar que no ano passado foi de R$ 28 milhões e agora destina-se R$ 18 milhões, “um corte linear, é bem verdade, mas sofre-se com uma queda de R$ 10 milhões, inviabilizando qualquer investimento que venha ser feito. De nossa parte, teremos que desacelerar as obras do Fórum Trabalhista”, destacou o presidente do TRT/Paraíba.
A expectativa demonstrada é que aconteça uma suplementação ao orçamento o que se pode prevê é uma paralisia, preocupação demonstração pelo desembargador Ubiratan Delgado. “Se não tomamos as medidas adotadas a situação hoje estaria bem pior”, concluiu.
FONTE: http://www.paraiba.com.br/