O Bosque Rodrigues Alves, como é conhecido, há 133 anos foi inaugurado na cidade de Belém (PA), sendo uma área de preservação das espécies da fauna e flora nativas da Amazônia. Com uma área de 15 hectares (150 mil m²), o espaço conta com mais de 10 mil árvores e 435 animais. Localizado na Av. Almirante Barroso, onde antigamente passava a estrada de ferro Belém-Bragança, a área nativa destinada para sua implantação foi determinada pela Câmara Municipal, através da Lei nº 624, de 22 de setembro de 1870.
Idealizado pelo geógrafo José Coelho da Gama Abreu, o Barão do Marajó, presidente da Província de 1879 a 1881, o espaço teve como primeiro nome Bosque Municipal do Marco da Légua, em referência ao limite da cidade. Porém, foi no ano de 1883 que ele foi inaugurado, no auge do ciclo da borracha, período em que Belém era chamada de “Paris dos Trópicos”, tendo sido inspirado no “Bois de Boulogne” (Bosque de Bolonha), localizado na cidade de Paris.
Sendo uma área de floresta nativa, o Bosque Rodrigues Alves ganhou as características que possui hoje, após diversas reformas, sendo a mais importante delas realizada na época do então intendente da Província, Antônio Lemos. A reforma, que durou cerca de três anos, teve início em 1900 e foi quando se inseriu na estrutura do Bosque as grutas, os riachos, as cascatas, os viveiros, ganhando as definições espaciais de hoje. No espaço é possível encontrar também monumentos que retratam a região e sua história, como o Chalé de Ferro, o Monumento aos Intendentes e as estátuas dos mitos amazônicos, Mapinguari e Curupira.
Outro ponto importante na história do Bosque foi seu reconhecimento como Jardim Botânico da Amazônia, ocorrido em 2002, durante a 11ª reunião da Comissão Nacional de Jardins Botânicos, com base na
Resolução n.º 266, do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA). Após adquirir esse status, passou a integrar a Botanic Gardens Conservation Internacional (BGCI), rede mundial integrada por 1.846 jardins, localizados em 148 países.
Com este título, o Bosque, que é bastante frequentado por famílias todos os finais de semana, passou a ser também um local destinado a pesquisa, educação ambiental, capacitação, além de manter a conservação da biodiversidade. O Bosque Rodrigues Alves fica aberto para visitação pública de terça a domingo, de 8h às 17h, sendo a venda de ingressos realizada até as 16h. O valor é de dois reais e crianças de 7 a 12 anos pagam meia. Para crianças menores de seis anos, e idosos a partir dos 60 anos, a entrada é gratuita.