TRT8 recebe representantes da Federação dos Trabalhadores do Comércio - FETRACOM e demais sindicatos.

— Foto: ASCOM8

 

Uma das características econômicas mundiais da crise, sem dúvida alguma, é o desemprego. Empresas em franca expansão acionaram os freios. Empresas antes ajustadas demitiram, e demitiram muito. Resultado: milhares de trabalhadores desempregados, sem receberem indenizações e sem perspectivas de obtenção de novo emprego.

Os reflexos imediatos da turbulência mundial já chegaram ao Judiciário, em especial à Justiça do Trabalho, que fechou 2016 com mais de 3 milhões de novas ações.

Sindicatos têm buscado estabelecer um diálogo entre trabalhadores e empregadores, amenizando demissões em massa ou pelo menos, minorarem os prejuízos para os trabalhadores, com a manutenção de planos de saúde e a garantia de emprego por tempo determinado, o que pode amenizar, pontualmente, o impacto da crise nas relações de trabalho, mas não é suficiente.

Diante desta realidade a desembargadora Suzy Koury atendeu a solicitação de reunião dos representantes da FETRACOM e Sindicatos do Comércio.

Segundo José Francisco da Federação dos Trabalhadores do Comércio do Pará e Amapá, algumas empresas pensam em se utilizar de uma possível demora das decisões judiciais para garantir sua recuperação financeira. “As empresas não querem se desfazer dos bens. Vão pagando lentamente com a lucratividade de agora. Querem fazer da Justiça do Trabalho a recuperação da sua empresa.”

Para a presidente do TRT8, a Justiça do Trabalho não tem o perfil de morosidade, pelo contrário, tem a celeridade como a sua principal característica. A presidente se colocou à disposição para atuar no sentido de auxiliar na busca, com a maior brevidade possível, de uma solução. Cumprindo a sua função de mediar as situações de conflitos resultantes da relação capital x trabalho, o TRT8 compromete-se a manter sua celeridade processual.

“Precisamos ver a situação de uma maneira macro, porém, em se tratando do pagamento de verbas rescisórias e de salários vencidos, não há o que discutir. São direitos dos trabalhadores. Todo esforço que for necessário para encontrarmos uma solução, será feito.” Encerrou a desembargadora presidente do tribunal.

 

Referências: Ambito Jurídico, Opinião Estadão, Congresso em foco.