Objetos artísticos fizeram parte do primeiro Leilão de Artes da Justiça do Trabalho que aconteceu no último dia 09 de junho espaço cultural Ministro Orlando Teixeira da Costa no TRT8. Entre as obras leiloadas estavam quadros do artista plástico Antar Rohit, da pintora Elieni Tenório, além de peças de antiguidade. As peças do leilão podiam ser arrematadas por valores a partir de R$ 100,00. 71 trabalhadores que esperam receber os valores de seus reclamados estão entre os beneficiários do leilão.
Segundo a juíza do trabalho titular da 7ª VT de Belém, e diretora da Central de Execução, Maria de Nazaré Rocha, o leilão de artes, além de uma importante forma de prestar um melhor serviço ao jurisdicionado, através da exposição que o antecedeu, foi uma maneira de mostrar essas artes para a comunidade.
“Quando nós da justiça do trabalho, em processos judiciais, apreendemos alguns bens, penhoramos alguns bens de executados que estão devendo para trabalhador, nós nos deparamos que alguns deles tinham arte e que essas artes tinham sido apreendidas por nós. Nós reunimos esses processos e resolvemos fazer o primeiro leilão de artes do TRT da Oitava Região. Ele foi pensado de forma diferente, para atingir vários objetivos, um dos objetivos seria exatamente pagar aqueles trabalhadores que entraram na Justiça do trabalho com suas ações e suas ações ainda não foram satisfeitas por falta de recursos dos executados [...] O outro objetivo é que, às vezes, as artes ficam restritas a ambientes particulares de seus proprietários e pouca gente tem acesso. Então, pensando nisso também, o TRT como um apoio à comunidade, como um serviço prestado à sociedade, pensamos que, antes de levarmos essas artes ao leilão, expormos essas artes no período de um mês”, destacou a juíza.
A advogada Paola Leite, que arrematou um dos quadros do artista plástico Antar Rohit, contou que por já ter um conhecimento sobre as obras dele, decidiu arrematá-las. “Nós ficamos sabendo da exposição e do leilão, e já temos algum conhecimento sobre as obras do Rohit, então nos interessamos especialmente por ele [...] Nós gostamos muito desses quadros, pela cor, e, especificamente, pelo artista”.
Vale destacar que as obras que não foram arrematadas continuam disponíveis à lances a qualquer momento, direto na vara do processo ao qual estão ligadas. E a exposição continua no salão nobre do Tribunal, localizado no quarto andar do prédio sede.