Último dia da V Semana Institucional tem programação diversificada.

— Foto: ASCOM8

 

O último dia da Semana Institucional contou com programações especializadas para grupos de magistrados e servidores​,​ que foram divididos conforme suas áreas de interesse. Os magistrados da 8ª Região se reuniram durante toda a manhã em plenária , que ocorreu no salão nobre, para debater votação das teses que propõem​ enunciados que servirão​ de ​referência para os ​magistrados em suas decisões.

No auditório​,​ a palestra foi da professora de economia Ana Elizabeth Reymão, da Universidade Federal do Pará. A professora palestrou sobre “educação financeira”, para servidores do 2º grau, que puderam aprender sobre a organização do dinheiro e o planejamento de gastos em tempos de crise, para evitar desperdícios. Segundo a professora, falar de dinheiro ainda é um tabu em muitas casas. “Nós temos que saber fazer o dinheiro trabalhar para nós. Existem os juros compostos, que​,​ se as pessoas souberem usar isso a seu favor​,​ elas terão muitos ganhos. E vão fazer as coisas com muito mais prazer​,​ sem essa angústia de viver endividados”, concluiu a professora Ana Reymão.

Na sala de aula da ECAISS, no polo administrativo, a programação era voltada para os Oficiais de Justiça. Às 9h se iniciou a palestra “Avaliação de Obras de Arte” com o leiloeiro público Paulo Sérgio Torres Lourenço. Este ano aconteceu o “I Leilão de Artes” do TRT8, evento inovador em toda a Justiça do Trabalho que envolveu, principalmente, a participação da Central de Execução, Pesquisa, Leilão e Mandados.

O palestrante destacou a importância de se buscar o conhecimento no assunto, pesquisar sobre artes e produtos que tenham valor agregado. “É necessário ter um pequeno curso de artes para ter pelo menos o básico e se consiga identificar o que é uma obra de arte. Às vezes você pode pensar que o que não é uma obra de arte, de fato é”​,​ destacou o leiloeiro.

Em seguida​,​ o Oficial de Justiça Norberto Lavareda Santos apresentou para os outros oficiais de justiça presentes as boas práticas que observou na “VI Mostra de Boas Práticas”​,​ realizado no TRT da 15ª Região, em Campinas, além de dicas para o cumprimento de mandados. Norberto destacou que “a crise é geral​,​ então nós temos que buscar uma execução efetiva e uma boa proposta de conciliação”. Logo em seguida a equipe de Gestão de Riscos da COGIN apresentou o Plano de Gestão de Riscos do TRT8.

​​Os assistentes de juízes, reunidos na sala de sessões das Turmas assistiram a palestra da desembargadora do Trabalho do TRT8, Zuíla Dutra, sobre  “As peculiaridades do Trabalho Doméstico na Lei Complementar 150/2015”. Na oportunidade, a magistrada teceu um breve histórico, mostrando que a CLT não incluiu o doméstico, originariamente. A Lei 5.859, de 1972, veio para corrigir essa distorção. Para a palestrante, a Constituição Federal de 1988 foi um grande avanço em relação aos direitos sociais, porém, dos 34 direitos previstos no texto constitucional, apenas 9 foram garantidos aos domésticos, sendo a justificativa do constituinte a não lucratividade dos serviços prestados. Com a Emenda Constitucional nº 72, de 2013, houve uma ampliação de direitos para os domésticos, mas, somente a Lei Complementar n.º 150, de 2015, trouxe mais dignidade a este empregado. 

Para a desembargadora, “embora seja um trabalhador igual a todos os demais, o doméstico estava excluído de grande parte dos direitos sociais previstos no artigo 7º da CF. Essa lei veio resgatar uma injustiça histórica, porque, embora tenha ocorrido a libertação dos escravos, esses mesmos escravos libertos foram assumidos como domésticos, em grande parte, e continuaram sendo vistos como uma categoria inferior às demais categorias profissionais. No início, sequer salário recebiam”, complementa Dra. Zuíla.

A​ segunda palestra para esse público foi do juiz do Trabalho do TRT8, Deodoro Tavares, Coordenador do NPP, ​que falou sobre “Pontos Relevantes da Reforma Trabalhista”, reforma que entra em vigor na próxima semana e ainda é motivo de dúvidas. “Abordamos questões, como​,​ por exemplo a questão intertemporal do Direito Material, a intertemporal no Direito processual, contagem de  prazos e outros pontos relevantes da reforma  trabalhista. Por entendermos que esses pontos  serão objetos de muita discussão a partir de segunda-feira”, destacou o magistrado.

Veja as fotos do último dia da Semana Institucional.