Escola Judicial do TRT8 promove Curso de Capacitação de Conciliadores.

— Foto: ASCOM8

 

A EJud do TRT8 promoveu nos dias 01 e 02 de junho o curso “Capacitação de Conciliadores” p​a​ra magistrados e servidores de Belém e Ananindeua. O curso contou as palestras da desembargadora do TRT8, Francisca Formigosa, que falou sobre “A Natureza dos Direitos Trabalhistas”. E das juízas Glenda Regine Machado, do TRT2, que trouxe o tema “Prática de Compreensão do Conflito e da Lide” e Ana Cláudia Torres, que no dia 02 falou sobre “Técnicas de Mediação”.

A desembargadora Francisca Formigosa abriu o curso falando que alguns direitos dos trabalhadores não podem ser cedidos, e o desafio que é acordar sem que os direitos sejam perdidos. “O reclamante não pode renunciar aos direitos que integram o chamado patamar mínimo civilizatório, ou seja, os direitos que estão consagrados pela Constituição Federal no artigo 7, pela CLT, e pelas convenções coletivas de trabalho. Então​,​ existe uma gama de direitos que não podem ser renunciados pelo trabalhador. A grande questão que se coloca é: ​c​omo compatibilizar a política nacional de conciliação com o princípio da indisponibilidade e irrenunciabilidade de direitos?”, afirmou a desembargadora.

A juíza Glenda Regine destacou a importância da comunicação para que se resolva os conflitos, de forma eficaz. “A compreensão do conflito se baseia exatamente na comunicação, na melhor comunicação entre as partes, ou seja, o mediador conciliador deve facilitar e estimular a comunicação entre as partes. Com isso, cada uma delas vai perceber os seus pontos fortes e fracos naquele conflito, ou seja, com a ampliação da história do que aconteceu entre elas, elas podem colocar-se uma no lugar da outra e verificar o que realmente aconteceu, e verificar o que ela pode perder ou ganhar nessa situação” comentou a juíza.

No segundo dia de curso a juíza Ana Cláudia Torres trouxe para magistrados e servidores as técnicas necessárias para que o mediador aja da melhor forma durante uma conciliação. “Contribui muito um mediador receber todo esse treinamento​,​ porque ele passa a avaliar melhor o comportamento dele na mesa de audiência e passa a ser muito mais eficiente. Ele recebe mais treinamento para auxiliar as partes, têm mais noção do que é uma conciliação, explora as técnicas de conciliação, entende melhor sobre o sentimento das partes. Tem toda uma estrutura para receber bem as pessoas, explicar os dados do processos, valorizar o que ela [parte] tá sentindo e mostrar que ela é capaz de decidir sobre a vida dela”, destacou.

O curso​,​ que teve duração de dois dias e uma carga horária de 14 horas​, aconteceu na sala de aula da E​j​ud.

Veja aqui as fotos do curso.