Na última sexta-feira (22), acadêmicos de diversas faculdades e universidades de Belém conheceram o Projeto Acadêmico Padrinho Cidadão, idealizado e que vem sendo aplicado pela Comissão de Erradicação do Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região. A reunião, conduzida pelas Gestoras Regionais da Comissão, Desembargadora Maria Zuíla Dutra e Juíza Titular da 2ª VT de Belém, Vanilza Malcher, teve como objetivo apresentar o projeto e convidar os presentes a integrá-lo, assim como participar da programação da Semana Nacional da Aprendizagem, que ocorrerá no período de 02 a 06 de maio, com programação nas dependências do TRT8, escolas públicas e entidades parceiras, finalizando com audiência pública sobre o tema, a ser realizada em parceria com a SRTE e MPT, no auditório do Ministério Público do Trabalho.
Foi apresentado aos acadêmicos a programação da Semana de Aprendizagem, que incluirá painéis sobre os temas “Aprendizagem: porta de entrada digna ao mercado de trabalho”, “A formação profissional como fator de transformação individual e social” e “Aprendizagem e profissionalização do adolescente – caminhos a seguir”, expedição de CTPS para alunos de escolas públicas participantes do evento, treinamentos sobre primeiros socorros e prevenção de acidentes domésticos em escolas públicas, curso de empreendedorismo, inserção de adolescentes em curso preparatório para aprendizagem e audiência pública. As ações serão realizadas em parceria com o MPT, SRTE, SENAC, CIEE, PROATIVA, SEBRAE, UEPA, CORPO DE BOMBEIROS, SERPRO E ESCOLAS PÚBLICAS.
No encontro estiveram presentes os Juízes do Trabalho Substitutos da 8ª Região, Milena Soares, Gustavo Martins e Márcia Domingues, com o objetivo de conhecer as ações que estão sendo desenvolvidas pela Comissão e, na mesma oportunidade, manifestaram interesse de auxiliar nas ações que serão desenvolvidas durante a Semana da Aprendizagem. Para a magistrada Milena Soares, não tem como não se inserir, pois o projeto é maravilhoso e leva informação para as pessoas. “A gente precisa dar as mãos nisso, porque sozinho ninguém faz nada. Achei muito interessante a ideia da descentralização, porque se consegue fazer várias coisas ao mesmo tempo, com cada um responsável por uma coisa. E é isso, com a luta diária e incessante de erradicação do trabalho infantil que juntos todos conseguiremos”, afirmou.
A acadêmica de direito Kyse Viana, que esteve na reunião com o objetivo de aderir ao projeto, saiu bastante animada e já inserida na programação da semana. “Hoje foi a primeira vez que participei, ainda não tenho nenhum afilhado, mas já estou estudando a possibilidade de tê-los porque o projeto é importante. Venho de um bairro que precisa, moro no Tapanã e perto da minha casa tem muitas escolas. Eu sei que existe necessidade de ajudar os alunos. Vejo uma maneira de participar e ajudar, afinal, quanto mais voluntários tiver, mais o projeto vai crescer”, declarou.
Entre os acadêmicos presentes, esteve um grupo de pedagogia da Universidade Paulista (UNIP), que vieram conhecer e pretendem levar o projeto aos demais acadêmicos da instituição. “Vim através de um amigo que estuda na Faculdade Maurício de Nassau (parceira da Comissão) e vejo o projeto como uma oportunidade muito grande, com um leque muito extenso, onde nós, como futuras pedagogas, temos que estar envolvidas, pois o objetivo da pedagogia é levar o aprendizado para cada um que precise”, acredita Ana Paula Lisboa. Juntamente com ela, participou também a acadêmica Cleide Barbosa, que já desenvolve um trabalho com estudantes da Escola Florestan Fernandes, localizada no Bengui, e pretende integrar o Projeto Acadêmico Padrinho Cidadão ampliando sua atuação no local.
“Fiquei muito feliz porque já faço parte de um projeto em uma escola, na periferia do Bengui, onde os alunos são carentes e precisam dessa informação. O que estamos levando para lá são pequenas oficinas de reciclagem, melhora do ambiente, lixo, e com o projeto do TRT8, que vai incentivar o aluno para que tenha no futuro uma qualidade de vida melhor, vai ajudar. Vou conversar com a diretora da escola, explicar sobre este projeto, para o levarmos para lá”, declarou a acadêmica.
O projeto Acadêmico Padrinho Cidadão visa integrar acadêmicos, de qualquer área, que possam apadrinhar um jovem estudante de escola pública, auxiliando na ocupação de seu tempo no horário em que está fora da escola, com orientações sobre aprendizagem, atividades lúdicas, acompanhamento escolar, esportes ou qualquer outra habilidade que contribua para a sua formação integral.
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