
O Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC) de Belém realizou na manhã da última segunda-feira (16) um fato inédito na Oitava Região: uma audiência inteiramente feita por meio de videoconferência.
A audiência envolveu os CEJUSCs de Belém (TRT8) e Porto Velho/RO (TRT14). A solicitação partiu do coordenador do CEJUSC de Porto Velho, juiz Fernando Sukeyosi, já que o trabalhador reclamante não poderia estar em Porto Velho.
A notificação para comparecimento do reclamante foi realizada pela 2ª Vara de Porto Velho, onde o processo se encontra em trâmite. Assim, o reclamante tomou conhecimento do local e horário da sua audiência. Ao chegar, foi recepcionado pelos servidores do CEJUSC Belém e foi deixado à vontade com o conciliador, juntamente, com as outras partes envolvidas no processo que já aguardavam através da videoconferência direto de Porto Velho.
Audiência
A coordenadora do CEJUSC Belém, juíza Erika Bechara, deu início à audiência para dar segurança ao procedimento. A magistrada se apresentou e identificou o reclamante, além de registrar todos os outros presentes na sala na ocasião. A sessão foi conduzida por um servidor do CEJUSC de Porto Velho, no entanto, ambos os juízes estavam à disposição caso fosse solicitada a presença.
Ao final, o reclamante agradeceu imensamente os esforços da Justiça do Trabalho para realizar a audiência. A magistrada Erika Bechara destacou o impacto que os avanços tecnológicos trazem não só para o TRT8, como também para o reclamante que, neste caso, não poderia comparecer presencialmente à audiência. “Tem todo um gasto para você fazer uma audiência, para o reclamante comparecer em uma audiência de conciliação em Porto Velho apenas para tentar negociar um acordo que pode ocorrer ou não, é um gasto muito grande para ele. Então, se nós temos essas ferramentas de tecnologia por que não começar a usá-las? Nós estamos nessa era tecnológica e nós temos que aproveitar tudo o que ela nos oferece de bom”.
Tecnologia
A videoconferência é um marco na história tanto do CEJUSC Belém como no CEJUSC de Porto Velho, já que ambos os Centros de Conciliação nunca haviam realizado uma audiência nessa modalidade. A novidade foi possível graças ao suporte dado pela Secretaria de Tecnologia da Informação (SETIN) e pela SETIC do TRT14 em Porto Velho. No momento da audiência, um servidor foi designado especialmente para dar apoio caso ocorresse algum imprevisto na estrutura tecnológica no Centro de Conciliação de Belém.