
A Comissão de Gestão do Teletrabalho do TRT8 realizou, durante a primeira quinzena de dezembro, treze entrevistas individuais de servidores que estão em teletrabalho. Foram três dias de entrevistas em que também foram ouvidos os gestores das unidades que têm servidores nesse regime de trabalho. "Identificamos a necessidade de conversar com alguns gestores para poder cumprir o que determina a resolução", explicou Maria Helena Guerra, assistente de Gestão de Pessoas e integrante da comissão.
Nessa etapa, a comissão priorizou ouvir teletrabalhadores que estão em fase de renovação do prazo do regime de trabalho. A duração do teletrabalho é de um ano, mas pode ser renovada. Atualmente, o TRT8 possui cerca de 1.280 servidores em exercício. Destes, aproximadamente 100 estão em teletrabalho. A maioria dos servidores que aderiu ao regime é lotado no Fórum de Macapá, pioneiro na implantação do projeto Teletrabalho estruturado, desenvolvido pelo Tribunal Regional do Trabalho da Oitava Região, onde as práticas estão sendo aprimoradas. De acordo com a SEGEP, o perfil da força de trabalho em Macapá é de servidores jovens, com facilidade na utilização das ferramentas tecnológicas.
A maior parte das entrevistas foi realizada por videoconferências, mas houve algumas entrevistas presenciais com servidores que estavam na sede no período em que aconteceram os trabalhos da comissão. As perguntas foram conduzidas pela psicóloga Úrsula Gomes, servidora do Tribunal, com o apoio dos demais membros da Comissão. O objetivo principal foi acompanhar a evolução e a dinâmica dos trabalhos, possibilitando também a troca de experiências e boas práticas. "Nós procuramos saber como se dá o relacionamento do gestor com o servidor, se há dificuldade na adaptação com o teletrabalho, o apoio tecnológico, os pontos positivos e negativos e como tem sido a experiência, se tem havido boas práticas para sugerir. Nas entrevistas,os servidores relataram que estão muito satisfeitos, que houve melhoria na qualidade de vida e também melhor desempenho no trabalho", disse Maria Helena Guerra.
As atribuições da Comissão de Gestão do Teletrabalho estão previstas em três Resoluções (Res. CNJ nº 227/2018, Res. CSJT nº 151/2015 e Res. TRT8 nº 34/2018). Seu papel é fundamental no acompanhamento dos teletrabalhadores, pois trata-se de trabalho precário em que prevalece o interesse da administração, que pode requisitar o servidor de volta. Outra questão que preocupa a comissão é o isolamento do servidor. "A abordagem da psicóloga é nesse sentido de dar esse apoio, porque a pessoa que está em teletrabalho tem de ter uma atividade física e estratégias de socialização", explicou a servidora.
O próximo passo é elaborar um relatório para ser entregue à presidência do TRT8. A Comissão formada pelo juiz substituto Deodoro tavares, pela psicóloga Úrsula Gomes, pela assistente da SEGEP, Maria Helena Guerra, pelo diretor da 5ª Vara do Trabalho de Belém, Celso Tomaz, e pelo representante do SINDJUF, Antonio Mota, pode ser acionada via endereço eletrônico (e-mail:comissao.teletrabalho). "Tem papel de acompanhar e zelar pelo desenvolvimento dos servidores que estão em teletrabalho. É uma atividade de monitoramento. A comissão analisa os pedidos de renovação, os planos de trabalho, os relatórios, e pode ser acionada sempre que houver alguma dificuldade, e também para tirar dúvidas sobre o regime de teletrabalho", completou a assistente da SEGEP.
O próximo passo da Comissão é elaborar um relatório para ser entregue em janeiro de 2019 à Presidência do TRT8.