Comissão do TRT8 auxilia o ingresso de jovens aprendizes no Clube do Remo

— Foto: ASCOM8

 

No Ano Nacional da Aprendizagem, a Comissão de Erradicação do Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem, do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região, vêm realizando diversas ações com o objetivo de esclarecer a Lei da Aprendizagem, conscientizar empresários desta oportunidade aos jovens e inserir adolescentes no mercado de trabalho através do Programa Jovem Aprendiz. Na última quarta-feira (25), cinco jovens estudantes de escolas públicas de Belém e Ananindeua tiveram a oportunidade de iniciar neste novo caminho, por intermédio da Comissão.

Os jovens selecionados são afilhados no Projeto Acadêmico Padrinho Cidadão, desenvolvido pela Comissão, no qual, acadêmicos de qualquer área auxiliam estudantes de escolas públicas com acompanhamento escolar, na orientação sobre a aprendizagem e na realização de cursos preparatórios on-line. Os jovens foram inseridos nas oito vagas disponibilizadas pelo Clube do Remo, conforme prometido durante a programação da Semana da Aprendizagem, ocorrida no TRT8.

“Durante a semana da aprendizagem o Remo ofereceu as oito vagas para aprendizagem dentro do nosso evento e hoje se concretiza. Este é o momento em que trazemos os afilhados do nosso Projeto Acadêmico Padrinho Cidadão para efetivamente inseri-los no mercado de trabalho enquanto aprendizes. Aqui temos afilhados de três padrinhos que já realizaram todo o trabalho prévio de preparação dos adolescentes. Eles já estão preparados e habilitados a entrar no mercado de trabalho”, destacou a Juíza do Trabalho Vanilza Malcher, Gestora Regional da Comissão e Titular da 2ª Vara do Trabalho de Belém.

Durante a reunião no Clube do Remo, os jovens na companhia de seus responsáveis acompanharam a apresentação da Assistente Social do CIEE, Mônica Félix, na qual detalhou a lei, como funciona o acompanhamento dos aprendizes pelo CIEE e a responsabilidade deles e de seus responsáveis neste processo. O CIEE (Centro de Integração Empresa Escola) será a intermediadora do contrato de aprendizagem entre os jovens e o Clube do Remo.

Para a estudante Juliana Silva, de 17 anos, que cursa o 2º ano do Ensino Médio na Escola Estadual Antônio Gondim Lins, localizada no bairro do Coqueiro, esta é uma grande oportunidade. “Eu já conhecia o Aprendiz Legal, via em anúncios nas redes sociais e já cheguei a entregar currículos. Trabalhar sempre foi uma coisa que busquei, já fiquei quase dois meses saindo todos os dias com minha mãe para entregar currículos mas nunca fui chamada. E agora chegou minha oportunidade”, afirmou. Sobre sua expectativa para iniciar no mercado de trabalho afirma que quer se qualificar, procurar sua independência e ajudar seus pais.

O estudante Denilson de Sousa, também de 17 anos, está no 1º ano do Ensino Médio, faz curso de designer gráfico e é mais um beneficiado com as vagas. Para ele, além da busca pela independência financeira que o fez querer começar a trabalhar, pretende ajudar sua mãe, e sua felicidade maior foi a vaga ser no Clube do Remo, seu time de coração. “Espero começar um bom trabalho aqui e que eu possa fazer tudo de forma satisfatória. Para mim, ser no Clube do Remo é um sonho!”, afirma. Para sua mãe Ana Cristina Veiga, “é uma satisfação ele começar a trabalhar e poder me ajudar. É uma oportunidade para ele entrar no mercado de trabalho e para o futuro, não deixando de estudar e fazer o curso que faz”.

Vitória Alves, de 15 anos, também será uma das jovens a ingressar como aprendiz no Clube do Remo, e seu objetivo é “ter ensinamentos, aprender as coisas para fazer direito e me empenhar nesse emprego. É um caminho muito bom, ter um ensinamento e empenho para no futuro já ter uma base de como é o mercado de trabalho”. Seu pai, Nicodemos Nascimento, acredita que deveria haver mais mercado para o jovem aprendiz. “Hoje em dia acho que deveria ter mais mercado. É muito pouco ainda, é ela em milhões. Se vai dar certo eu não sei, não vou influenciar, mas ela precisa disso para crescer e acho ótimo que ela tenha mais responsabilidade. Mas, é uma pena que essas oportunidades ainda são para poucos”, declarou.

É justamente com o objetivo de ampliar este mercado e garantir a preparação dos jovens para ingressar como aprendiz no mercado de trabalho, que a atuação da Comissão de Erradicação do Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem do TRT8 vêm enfocando suas ações para 2016. O Clube do Remo é exemplo disso, pois não possuía aprendizes e as vagas foram abertas por meio da atuação da Comissão. “Estamos oferecendo oito vagas, eles atuarão uma parte pela manhã e outra a tarde, na área administrativa. Esses serão os primeiros aprendizes do clube. É um projeto-piloto que vem para dar oportunidade de inclusão social e para o clube entrar na lei”, afirmou Daniel Lameira, Diretor Adjunto Administrativo do Clube.

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