
A Escola Judicial do TRT8 deu início nesta segunda (10) ao Ciclo de Estudos do primeiro semestre de 2019. Voltado exclusivamente para magistrados, o curso foi aberto pelo desembargador Luis Ribeiro, Diretor da EJUD, e contou com a participação dos doze novos magistrados que ingressaram no Regional por meio do primeiro concurso unificado da Justiça do Trabalho.
O professor do Curso de Filosofia Aplicada da Organização Nova Acrópole, Tiago da Costa do Nascimento, fez a primeira palestra do dia. Com pós-graduação em Direito Previdenciário, o advogado, que também é presidente da Comissão do Terceiro Setor da OAB/PA, falou sobre a importância de tratar a ética como uma virtude para tornar as relações humanas mais saudáveis num ambiente dominado pela tecnologia.
Foi a primeira vez que o professor participou de um curso da Escola Judicial da Oitava Região. “A ideia é justamente trazer um pouco a questão: qual é a finalidade do judiciário? É a busca pela justiça. E o quem está por trás disso? No fim das contas quem está por trás disso são as pessoas. Trazer um tema como ética eu acho importante porque a gente entende que no final das contas o que importa são as pessoas e a gente está trabalhado por elas. No dia a dia eu tenho que buscar esses valores, que são humanos. Interessante que nós fazendo isso não só nós ganhamos, mas o outro também. Então, acho imprescindível falar sobre esse tema nos dias de hoje porque as relações estão muito vazias, imediatistas, efêmeras, discutir isso é relevante para o judiciário e para o mundo de um modo geral”.
A segunda parte da programação mostrou os avanços tecnológicos que tem impactado a área judicial com a implementação de programas de computador que auxiliam juízes nas atividades jurisdicionais. O juiz Denilson Coelho, titular de Vara do Trabalho, em Brasilia, apresentou o software Jus Redator. Criada há dez anos pelos juízes Denilson Coelho e Carlos Augusto de Lima Nobre, ambos do TRT10, e pelo analista de sistemas, Gilberto Rios, a ferramenta já é utilizada por aproximadamente mil juízes no Brasil. “Nós não vimos ainda, embora estejam sendo gestadas, algumas iniciativas para ajudar a ponta final de todo o processo, que é atividade direta do juiz, que é a elaboração de despachos, decisões, votos, acórdãos, sentenças. Essa ferramenta é voltada para o juiz e para aqueles que o assessoram para que o ato de julgar leve menos tempo do que hoje se faz”.
À tarde, os juízes participaram do workshop “Pesquisa patrimonial: estudos de caso do uso das ferramentas eletrônicas no contexto do processo” com o desembargador Deodoro José Tavares, Juiz do Trabalho Substituto do TRT8.
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