JT8 realizou primeiro leilão unificado do ano

— Foto: ASCOM8

 

O primeiro leilão unificado do ano, realizado pela Justiça do Trabalho no depósito público em Ananindeua, teve grande êxito na venda de bens imóveis como terrenos e aeronaves.

Na fase inicial, foram leiloados bens que não estavam disponíveis no depósito, mas tiveram muita procura. O advogado Rafael Bentes foi como procurador de um empresário e arrematou um terreno por um valor 50% do que estava avaliado. Ele disse que ficou sabendo do leilão pelo portal do TRT8. “Foi a primeira vez que participei. O leilão foi muito bem organizado”.

Na segunda fase, foram leiloados bens que estavam no depósito como veículos, máquinas industriais, móveis de escolas, equipamentos de salão de beleza, louças e até urnas funerárias.

O comerciante Jesulindo Torres estava interessado em adquirir caminhões para revender. “Eu trabalho há 25 anos com leilões e quero dar lance em um caminhão que será leiloado”.

Os interessados tinham de se cadastrar na Central de Mandados do TRT8, na Praça Brasil, ou uma hora antes do início do leilão no depósito, em Ananindeua. Kirley Nunes participou pela primeira vez de um leilão da Justiça do Trabalho. Dona de uma lanchonete, a comerciante está ampliando os negócios e estava interessada em adquirir um freezer com lance mínimo de 600 reais.

Realizado pela Central de Execução de Mandados do TRT8, o primeiro Leilão Unificado de 2019 foi presencial. Os irmãos Elisabete, Edson e Eliete Esteves sempre comparecem aos leilões realizados pelo TRT8. Eles vieram preparados para dar lances em bens como televisores e geladeiras. “Dei dois lances, mas não consegui arrematar”, disse o aposentado Edson Esteves.

O momento mais esperado foi o leilão de veículos. Um automóvel da marca Corolla com lance mínimo de 14 mil reais foi adquirido por 23 mil reais.

Os leilões também atraíram partes interessadas na venda dos bens para o pagamento de créditos trabalhistas.  A estagiária de um escritório de advocacia, Jordine Oliveira, que cursa o 3º ano do curso de Direito, acompanhou o leilão para ver se o bem em questão, 140 peças de andaime, seria arrematado pela quantia proposta para finalizar um processo. 

No ano passado, o TRT8 realizou dois leilões unificados, um no primeiro semestre e outro em agosto de 2018. O valor arrematado ficou em mais de trezentos mil reais (R$338.430,00).

Segundo o Juiz Raimundo Itamar, Diretor da Central de Execução, cem bens foram a leilão e a venda desse acervo ajuda a resolver o crédito dos trabalhadores. “O leilão é uma fase processual. O processo pode chegar até o leilão caso não haja o pagamento voluntário do crédito. Aí, a justiça fará a expropriação do bem, retira da posse, coloca em depósito e, na sequência, faz a venda primeiro nas Varas do Trabalho e agora em leilão. Caso esses bens sejam vendidos vão resolver de fato cada processo ou, pelo menos, parcialmente, alguns processos. Alguns bens estão penhorados em mais de um processo e, dependendo do valor, podem resolver mais de um processo”.  

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