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No período de 19 a 25 de setembro, o Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) está realizando a 10ª Primavera dos Museus, com o tema “Museus, Memórias e Economia da Cultura”. Entre os mais de 750 museus com atividades sendo realizadas em todo o país, está o Memorial Arthur Francisco Seixas dos Anjos, do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região, que nesta terça-feira (20) promoveu o seminário “Conservação de acervos em suporte de papel”. A programação foi aberta pela Curadora do Memorial, Desembargadora Sulamir Monassa, Vice-Presidente do Tribunal, e reuniu dezenas de estudantes e servidores públicos que atuam com arquivos em papel.
A palestra foi proferida pela Diretora Executiva da Associação dos Amigos dos Arquivos Públicos do Estado do Pará (ARQPEP), Ethel Valentina Soares, que abordou as medidas de preservação, pontos relacionados ao gerenciamento de risco do patrimônio documental, o impacto do meio ambiente e a importância do monitoramento contínuo dos acervos.
A palestrante Ethel Soares acredita que precisar mostrar a importância da preservação de arquivos e que nele está toda a história de uma instituição, é um ponto de grande dificuldade para que esta preservação seja realizada, mas, apesar disso, destaca que houve avanços. “Vejo uma evolução muito boa. Quando comecei aqui dentro do estado não existia a preocupação da preservação, não existia interesse. Aos poucos, vi que foi evoluindo e o quanto os jovens se interessam por esta área e tentam se capacitar e se informar ao máximo, além das próprias instituições. O próprio TRT8 mostra a evolução neste ponto, nesta preocupação de estar sempre um passo à frente na preservação. Isso é muito bom e tem que servir como exemplo”, ressaltou.
Para Juliete Tavares, que atua no Arquivo Geral do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, a palestra proferida foi de grande importância por passar informações que podem ser utilizadas em seu dia a dia. “Atualmente, trabalho com cadastramento de processos, mas já trabalhei com digitalização e higienização, e achei muito interessante, porque a gente trabalha com documentos que as vezes chegam bastante desestruturados e não sabemos o que fazer. Foi muito importante este conhecimento”, destacou. O historiador Augusto César Borralho ressaltou que estes eventos são muito importantes pela interação que proporcionam e troca de conhecimento.
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