Parceria entre TRT8 e Prodepa viabiliza expansão do PJe

— Foto: ASCOM8

 

O Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região possui só no Estado do Pará 22 Varas do Trabalho atuando com o Processo Judicial Eletrônico (PJe/JT), e objetiva expandir sua utilização para outras localidades em 2015. Visando atender a premissa básica para implantação do PJe, que é garantir a redundância de conexão com a sede, local onde está instalada a infraestrutura do PJe, o TRT8 assinou contrato com a Prodepa (Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Pará), para a utilização da rede de fibra ótica do NavegaPará, programa de expansão da cobertura de fibra ótica no Pará.

De acordo com o Presidente da Prodepa, Théo Pires, atualmente, a rede NavegaPará está sendo ampliada para a Ilha do Marajó, no nordeste do Pará, e em seguida será levada ao Sul do Pará. Com o TRT8, a parceria prevê, inicialmente, a utilização da rede de fibra ótica nos municípios de Marabá, Santarém e Altamira. “Com o uso do NavegaPará para conexão dos pontos de presença do Tribunal, os foros trabalhistas destas localidades serão ligados via fibra ótica à sede do Tribunal, em Belém. Além disso, em alguns municípios que hoje já são atendidos pelo programa por meio de rádio de alta capacidade, assim que conseguirmos implantar a fibra ótica, também passará a ser atendido por ela”, afirmou. Como em Parauapebas, segundo ele, a migração da conexão via rádio para fibra ótica ocorrerá também nos demais municípios onde o Tribunal já utiliza o NavegaPará como link de redundância.

Atualmente, todos os postos de trabalho de fora da sede são interligados à sede através de uma rede de dados contratada da Embratel, que é a rede principal, e a utilização de um link de redundância, no caso o NavegaPará, tem como objetivo garantir a disponibilidade dos sistemas do Tribunal em todas as unidades. A Coordenadora de Infraestrutura e Suporte da Secretaria de Tecnologia da Informação do TRT8 (SETIN), Gilmara Santos, destaca que essa é uma parceria estratégica, pois disponibilizará um segundo link de dados nessas localidades, o que permite uma segurança maior, pois caso o link da Embratel seja interrompido por algum motivo, há o link de redundância garantindo o acesso aos sistemas do Tribunal.

Um ponto importante da parceria é a utilização da fibra ótica e não mais da conexão via rádio como ocorre nos municípios de Belém, Ananindeua, Castanhal e Santa Izabel. “A Fibra ótica é sempre a melhor opção, porque não sofre intemperes, não sofre interferência em função do tempo e interferência de outras frequências, como pode ocorrer com o rádio. É a melhor opção em relação à qualidade do sinal”, afirma Gilmara Santos.

Conforme explica Théo Pires, com a rede de fibra ótica o ganho para essas localidades é real. “Ganha-se na qualidade do sinal, porque o sinal é mais estável. Ganha-se na capacidade de transmissão, porque se pode aumentar a quantidade de dados transmitidos. E ganha-se também na continuidade dos serviços, porque em fibra ótica há a garantia maior de funcionamento dos circuitos de comunicação. A fibra ótica faz com que os dados trafeguem ao longo de toda a malha de rede do estado na velocidade da luz, e isso tem um impacto imediato na qualidade do serviço prestado, não só entre a Prodepa e o TRT8, mas principalmente entre a Justiça do Trabalho e o jurisdicionado”. Destaca-se que, com a utilização da conexão via fibra ótica, ocorrerá a maior disponibilidade não só do PJe quando instalado nessas localidades, mas de todos os sistemas corporativos (APT, e-mail, internet, etc...), favorecendo o jurisdicionado, advogados, magistrados e servidores.

Anel de Fibra Ótica

Em Santarém, a parceria com a Prodepa garantirá ao Tribunal um diferencial: integrar o Anel de Fibra Ótica do NavegaPará. De acordo com Gilmara Santos, “o anel ótico deles vai estar cabeado e nos tornaremos um ponto de presença da rede deles. Isso melhora a qualidade de sinal, pois, como vamos compôr o anel, teremos contingência de acesso. Hoje, se uma conexão dessas via rádio indisponibiliza, até corrigirem eu não tenho alternativa, já com o anel de fibra ótica tenho dupla abordagem, se um lado rompe, continuo me comunicando pelo outo lado. Ou seja, só perco a total comunicação se romper os dois lados”.

Théo Pires explica que a vantagem para os usuários, no caso específico, para a Justiça do Trabalho, “integrar o anel de fibra ótica é garantir uma qualidade maior do sinal, porque se maximiza o funcionamento dos sistemas de telecomunicação, além de permitir a ampliação dessa capacidade de transmissão de sinal até onde a Justiça do Trabalho necessite de capacidade ou de volume de dados serem transitados entre Santarém e Belém. É um canal mais estável, com mais garantia de funcionamento, que aumenta a permanência dos circuitos no ar funcionando. Através da dupla abordagem de fibra, em caso de rompimento de um lado, há como o sinal continuar trafegando sem nenhum tipo de prejuízo ao uso do sistema”.