Relações afetivas saudáveis - receita do viver bem

— Foto: ASCOM8

 

Relembrando a Semana Institucional 2015, é possível rever algumas lições importantes compartilhadas pelo sociólogo e terapeuta Aluisio Almeida durante uma de suas palestras. A seguir, resgatamos temas que ajudam a compreender como é possível investir em ações mais eficientes para promover relações saudáveis no ambiente de trabalho e na vida.

 

Aluisio começou a palestra enfatizando que a vilania dos novos tempos é a intolerância com o outro. Segundo ele, temos que saber lidar com nossa dor e não ter prazer com a dor alheia. Pessoas são escolas, o contato com o outro nos ensina. Não existe aprendizado se só amamos quem nos ama. O nosso desafio é justamente conviver, não para mudar o outro, mas para nós crescermos.

 

“A tendência das pessoas é achar que o problema está no outro e não olhamos para nós mesmos. Isso nos núcleos familiares, afetivos, sociais e profissionais. As pessoas vêm perdendo a cordialidade. Às vezes, o colega esquece o bom dia e já sai partindo para o trabalho, na correria do dia a dia. Essa é uma inabilidade que estamos passando para as futuras gerações. Por exemplo, os novos servidores que chegam observam a forma de relacionamento com o juiz, o superior hierárquico, e vão aprendendo isso, deixando de evoluir. Muita gente prefere ficar no seu canto, não quer se relacionar, não quer crescer”, esclareceu o sociólogo.

 

Como surgem os rastros de desafeto, a amargura

 

"Formas típicas de comunicação nas organizações: dar ordens, negar percepções, dar lição de moral, consolar e dar falso apoio, distrair e fugir do problema, enviar mensagens contraditórias, criticar e ofender. O uso frequente destas formas transmite não aceitação e incompreensão, bloqueiam o fluxo da comunicação e fecham ou dão superficialidade ao relacionamento. Antes de seguir, acenda as luzes internas", explicou.

 

Para Aluisio Almeida, algumas vezes nos incomodamos com os outros, mas o problema está em nós. Então, temos que exercitar o olhar para nós. Se algo nos incomoda, devemos parar e olhar para descobrir por que nos incomoda. "Pare, apague as luzes externas, ligue as luzes internas, identifique-se, siga”, resume o terapeuta.

 

Na próxima semana, leia a continuação desta matéria. Relembraremos as formas facilitadoras de comunicação.