Representantes da Justiça do Trabalho visitaram a Usina Hidrelétrica  Belo Monte

— Foto: ASCOM8

 

O Juiz do Trabalho Lucas Cilli Horta e servidores da Vara do Trabalho de Altamira, no sudoeste do Pará, visitaram as obras de construção da Usina Belo Monte, terceira maior hidrelétrica do mundo.

Realizada no dia 07 de junho de 2019, a visita foi acompanhada do gerente financeiro da Norte Energia, consórcio de empresas responsável pela construção e operação da usina.

Para o Juiz a visita foi proveitosa tendo em vista a influência que os grandes projetos têm para as relações de trabalho na Amazônia. "Um bom julgamento depende do conhecimento mais preciso possível da realidade. A maioria dos processos submetidos à Vara do Trabalho de Altamira envolve, direta ou indiretamente, o empreendimento de Belo Monte, que se desenvolve de forma dinâmica e tem grande influência sobre as relações de trabalho e sociais na região. Assim, a visita, além de interessante, revelou-se de grande proveito", declarou o magistrado.

A visita acontece quase cinco anos após o início das obras de construção da usina. A servidora Luciana Cunha, assistente do Juiz, voltou ao local. Ela já havia visitado a obra em setembro de 2014. "Na época era um verdadeiro canteiro de obras. Os canais e diques ainda estavam vazios, e as estruturas dos Sítios Pimental e Belo Monte ainda sendo construídas. Agora retornamos e a obra está praticamente finalizada".

Belo Monte – Maior usina 100% brasileira, Belo Monte está sendo construída na bacia do Rio Xingu, próximo a Altamira, no sudoeste do Pará. Será a terceira maior hidrelétrica do mundo, atrás apenas da chinesa Três Gargantas e da brasileira Paraguaia Itaipu. O leilão para construção e operação da usina foi realizado em abril de 2010 e vencido pelo Consórcio Norte Energia. Até hoje, o projeto sofre forte oposição de ambientalistas, indígenas e ribeirinhos. O MPF fiscaliza as denúncias de violações de direitos e os danos envolvendo a obra, que provocou impactos ecológicos, econômicos e sociais e também atua para exigir a compensação socioambiental de Belo Monte. Em 2017, Belo Monte estava com mais de 96% das obras concluídas e 12 de suas 24 turbinas produzindo energia em operação comercial. Até agora, houve R$ 38,6 bilhões de investimentos públicos e privados. A previsão é que a última turbina entre em operação em julho de 2020 e atenda 60 milhões de consumidores de 17 estados.